Médicos Sem Fronteiras pressiona líderes mundiais por cessar-fogo imediato em Gaza
O que acontece em Gaza vai além de uma catástrofe humanitária — trata-se da destruição sistemática de um povo. Para a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), não há mais dúvidas: Israel está cometendo um genocídio contra os palestinos no território. Diante dessa realidade, a organização lança uma campanha global nas redes sociais com o lema “Médicos não podem parar o genocídio. Líderes mundiais, sim.” A ação convida o público a compartilhar a mensagem e pressionar por um cessar-fogo imediato.
De acordo com os números mais recentes do Ministério da Saúde, mais de 64 mil pessoas foram mortas, incluindo 20 mil crianças. Esse número provavelmente é ainda maior, com muitas outras pessoas presas sob os escombros. Não há lugar seguro em Gaza. Embora as instalações de saúde tenham status de proteção, hospitais foram bombardeados e instalações médicas foram invadidas, colocando em risco a vida de profissionais e pacientes.
Hoje, nenhum hospital em Gaza funciona em sua total capacidade. Os que permanecem operando parcialmente estão sobrecarregados e enfrentam a falta de suprimentos essenciais para salvar vidas.
A fome já foi confirmada na Cidade de Gaza, e as pessoas estão morrendo pela falta extrema de comida. A falta de água potável está causando mais sofrimento e doenças. No mês passado, nossas equipes trataram 4 mil casos de diarreia aquosa, potencialmente fatal para crianças já enfraquecidas pela desnutrição.
Nossos 1.399 colegas que trabalham na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém não podem parar este genocídio. Mas os líderes mundiais podem — se decidirem agir.